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Changes.

Eu realmente mudei. Não sou a garota de cinco anos atrás, nem a do começo do ano. Assim como uma escola literária atropelava a outra, sem saber onde terminava ou onde começava, meu novo eu atropelou o meu antigo. Não sei em qual parte do caminho ficou. Não voltarei para buscá-lo. Elis Regina cantou algo que concordei totalmente: O passado é uma roupa que não nos serve mais.
Não sei quando deixei de querer casamentos, vestidos de noiva, lua de mel, corações batendo no mesmo ritmo, coração em chamas ao ver "aquela" pessoa, músicas temas de romances...
Se antes eu era singular, agora eu sou plural. Mais na teoria que na prática, mas isso existe e está em mim. É o que eu sou agora. E é o que serei por algum tempo. Talvez até o meu último piscar de olhos.
A falta de lágrimas me assusta. Tenho mais chorado de rir do que chorado de dor. Talvez eu não saiba mais o que é dor. Talvez eu tenha parado de procurar por ela. Talvez eu apenas aprendi a lidar com ela. Talvez. Não sei bem como isso vem funcionando em mim. Sei que agora não tenho dor nenhuma.
Sei que não titubeei em nada que disse e nem fiquei com aquela sensação de arrependimento.
Tenho medido minhas palavras. Tenho colocado firmeza nas minhas decisões. Tenho encarado as consequências. E tenho aceitado todas elas.
Meu signo não tem interferido nessas coisas. Deve ser culpa do meu ascendente. Sempre mantendo o equilíbrio.
Talvez eu esteja conseguindo meu equilíbrio cortejando a insanidade. Pode ser que eu nem precise de um psicólogo formado. Às vezes as respostas estão aqui, diante de mim, só vai ser preciso encaixá-las em seus devidos lugares.
Ainda sem rumo vago por alguns caminhos da minha vida. Impressionante a minha incapacidade de achar a porra da luz que fica na porra do final do túnel. Nunca vi túnel tão longo e tão escuro.
Mas pelo menos algumas coisas que eram meus maiores problemas estejam se dissolvendo gradativamente nesses dias que se seguem entre correria e uma ociosidade imprópria.
Talvez. Pode ser.

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